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Especial ex-alunos: Conheça a Nicole, nossa ex-aluna que se tornou colaboradora

Especial ex-alunos: Conheça a Nicole, nossa ex-aluna que se tornou colaboradora

Em nossa trajetória, reencontramos muitos de nossos ex-alunos. Alguns deles, inclusive, voltam para nós como colaboradores. Este é o caso da Nicole Corbagi, que esteve conosco por toda a sua vida escolar. Hoje, ela trabalha no Criacon na unidade Saúde.

Confira essa pequena entrevista que realizamos:

Pergunta 1: Conte um pouco da sua trajetória no Colégio Santa Amália.

Resposta: Vivenciei apenas um único ambiente escolar: foram 14 anos no Colégio Santa Amália. Entrei com apenas 3 aninhos, quase 4, e ainda guardo algumas memórias dessa época.  Nos anos iniciais, lembro-me de ficar em tempo integral na escola com minha irmã enquanto meus pais trabalhavam, nós sempre fazíamos ovos de chocolate na época da páscoa, assistíamos ao “O sítio do pica pau amarelo” toda manhã, e a parte que eu mais gostava era de brincar no parquinho. Aprendi a ler e a escrever logo nos primeiros anos do ensino fundamental. Sempre fui uma criança muito enérgica, comecei fazendo ballet e dança rítmica, que depois evoluíram para o basquete e futebol. Passava muitas tardes na escola com os amigos para fazer as lições de casa e os trabalhos em grupo. O ambiente da escola fora muito agradável e acolhedor para mim. Sempre fui bastante comunicativa em sala, gostava de conversar e de manter uma boa relação com os professores. Eu gostava de estudar através de resumos, grifava todos os livros com marca texto colorido e sempre perguntava aos professores em que dia eles iriam soltar as notas das provas. No meio do ano a escola realizava os jogos interclasses que chamávamos de “Eventos”, e a turma toda se organizava para fazer o seu melhor nas diversas modalidades. Era a melhor época do ano. A escola não apenas me rendeu a formação básica, mas também muitos amigos que carrego para a vida toda. Sinto que aproveitei ao máximo as diferentes fases da vida que vivenciei no colégio, e hoje tornaram-se lembranças muito gostosas da minha infância e adolescência.

 

Pergunta 2: E depois da sua formatura no Ensino Médio, conte-nos um pouco das suas escolhas e da influência do colégio.

Resposta: Lembro-me que fiquei encantada com a transição do ensino de ciências para o ensino de biologia no ensino médio. Nesta época, quando foi introduzida a temática do vestibular, eu sabia que gostaria de dar continuidade aos estudos em uma instituição de ensino superior, pois sempre gostei muito de aprender coisas novas. Contudo, eu não tinha ideia para qual curso prestar e como funcionavam essas coisas de ir para faculdade. Durante o Ensino Médio eu realizei diversas atividades voluntárias no Greenpeace onde pude conhecer profissionais como biólogos, engenheiros florestais, gestores ambientais, entre outros que me auxiliaram na escolha, juntamente com as feiras de extensão universitária que ocorreram no colégio, naquela época.  Em 2014, aos 17 anos, concluí o ensino médio e em 2015 me mudei para Piracicaba para dar início aos estudos de Ciências Biológicas na Universidade de São Paulo (USP – ESALQ). Este foi um momento de muita insegurança por sair, antes dos 18 anos, da casa dos meus pais e ir morar sozinha em outra cidade.

Em pouco tempo adaptei-me à nova vida, fui adquirindo responsabilidade e independência para traçar meu próprio caminho. Na Universidade, as vivências me proporcionaram três diferentes paixões: biologia marinha, ecologia da conservação e educação. Em 2019 concluí o curso de Licenciatura em Ciências Biológicas e, em 2020, adquiri o diploma de Bacharel.

Hoje, reconheço a importância dos espaços de tutoria nesta fase da vida que é um momento de muitas mudanças, pressão e indecisão. O gosto pelo estudo, muitas vezes proporcionado pelos ótimos materiais didáticos, estruturas laboratoriais e saídas pedagógicas; a afinidade com as matérias e o incentivo dos professores; foram fatores determinantes para a minha tomada de decisão.  Não apenas com conteúdo pedagógico, o colégio também contribuiu para a estruturação de valores que são fundamentais para a nossa sociedade, como empatia e solidariedade, proporcionado através de trabalhos voluntários em creches, asilos, campanha de doação de sangue (onde fui pioneira do projeto) e visitas às demais unidades que fazem parte da Liga Solidária, como o Educandário Dom Duarte. Hoje, tenho um objetivo e uma visão transformadora do mundo através do meu trabalho e das minhas ações, que muito se iniciou na época do colégio e, hoje, aprofundo junto a movimentos sociais.

 

Pergunta 3: Como se sente ao retornar agora como colaboradora da Liga, trabalhando no espaço Criacon? 

Resposta: Eu estou muito feliz em poder retornar ao colégio, agora como colaboradora, e poder retribuir os aprendizados dos meus 23 anos com o meu trabalho. É muito gratificante rever os professores e colaboradores que fizeram parte da minha trajetória na escola e poder agradecê-los pelo trabalho e esforços que, um dia, contribuíram para a minha formação profissional e individual. O Criacon sempre foi o meu espaço preferido na escola por promover o contato com os animais nas atividades extracurriculares. Hoje, consigo reconhecer a importância deste espaço para o desenvolvimento das crianças, facilitando um ambiente que promova o respeito pelos animais, o cuidado, o conhecimento da ecologia de cada um e a sua relevância para a conservação dos habitats e espécies. Espero que meu trabalho reflita positivamente nas gerações adiante, tanto ou mais do que eu possa imaginar, e que eu siga aprendendo a cada dia com os demais colaboradores.

* Nicole Cruz de Almeida Corbagi foi nossa aluna até a 3ª série do Ensino Médio/2014.

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