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A diferença entre ensinar um idioma e ser uma escola bilíngue

A diferença entre ensinar um idioma e ser uma escola bilíngue

Ensinar um idioma estrangeiro é suficiente para uma escola ser considerada bilíngue? A resposta é “não”. Em uma escola bilíngue, o ensino de um idioma é uma verdadeira imersão que começa muito cedo, ainda na educação infantil, para crianças de apenas dois anos. É assim no Colégio Santa Amália Maple Bear – Ensino Bilíngue, em São Paulo, que recebeu a autorização de uso de nova nomenclatura pelo Conselho Estadual de Educação.

“Essa autorização chancela o trabalho que o Santa Amália vem realizando nos últimos 15 anos”, afirma a diretora pedagógica Andreia Aguirre. “Ser uma escola bilíngue é diferente de apenas oferecer o ensino de língua inglesa na matriz curricular. A língua inglesa é um meio e não um fim no processo de ensino aprendizagem”, considera a diretora.

O Santa Amália utiliza a metodologia Maple Bear, na qual os conteúdos acadêmicos são ministrados em português e inglês se complementando com foco nas quatro habilidades linguísticas: Writing (Escrita), Reading (Leitura), Listening (Escuta) e Speaking (Fala).

Segundo a diretora Andreia, em cada nível de ensino, há uma carga horária diferente de imersão em inglês. Na educação infantil,  as crianças de 2 a 5 anos praticamente só falam em inglês no Colégio. “A imersão é de 75% na língua estrangeira para as crianças de quatro e cinco anos e chega a  90% para crianças de dois e três anos”.

Essa imersão diminui a partir do ensino fundamental, por conta da Base Nacional Comum Curricular que traz a disciplina de língua portuguesa e estabelece que matemática, geografia e história sejam ministradas em português. Porém, como parte do ensino bilíngue no Santa Amália, além da disciplina de língua inglesa, os componentes curriculares de ciências, matemática e artes são ministrados em inglês – no caso de matemática, a carga horária é dividida entre os dois idiomas. Esse processo segue até o final do ensino médio. Há uma pré-seleção dos conteúdos que serão ministrados em inglês e em inglês, contribuindo para formação integral do aluno.

O Colégio Santa Amália Maple Bear – Ensino Bilíngue prepara os alunos para serem cidadãos globais como também os capacita para exames de proficiência da língua inglesa ao longo do desenvolvimento de seus programas educacionais.

Como em qualquer área da Educação, a formação dos professores é fundamental e no ensino bilíngue não seria diferente. Com a autorização do Conselho Estadual de Educação, para ser professor de uma escola bilíngue além da proficiência no idioma, os professores deverão contar com curso de especialização ou pós-graduação em bilinguismo, com carga horária mínima de 120 horas.

Alunos novos

E o aluno novo que chega ao Colégio, como faz para se inserir no ensino bilíngue e acompanhar o ritmo da turma?

No Santa Amália, ele passa, inicialmente, por um teste de ingresso. Após essa verificação, conta a diretora Andreia, esse aluno novo é “acolhido” na imersão da língua inglesa. “A metodologia Maple Bear oferece o suporte necessário em formato de aulas extras e desenvolve durante as aulas regulares atividades em grupos chamados de centros de aprendizagem. Essa abordagem proporciona atendimento individualizado promovendo a integração do aluno e estímulo ao desenvolvimento de sua autonomia e seu protagonismo do estudante”.

Um exemplo prático do resultado do ensino bilíngue está no dia a dia da Educação Infantil, quando alunos pequenos expressam seus próprios sentimentos na língua estrangeira e quando o aluno entra em universidades brasileiras e estrangeiras com proficiência na língua inglesa e um amplo repertório sociocultural e acadêmico construído ao longo de vida escolar.

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